Pergunta. Que valoraçom fazedes da greve estudantil do 26 de fevereiro?
Resposta. Consideramos que a greve foi um sucesso, tanto no trabalho prévio, que
implicou centos de estudantes por todo o país, como no próprio dia, no que o paro
foi quase total nos ensinos médio e universitário, e no que houvo maciças
manifestaçons em todas as cidades e concentraçons em várias vilas que
juntarom miles de jovens em contra dos recortes no ensino e das
últimas reformas educativas, nomeadamente a LOMQE [Lei Orgânica para a Melhora da Qualidade Educativa] e o 3+2.
P. Que estratégias seguides para fomentar a
organizaçom do estudantado e a luta contra a LOMQE?
R. A estratégia a seguir deve ser, por um lado, pedagógica, que explique
ao estudantado do ensino médio que supom esta nova lei, e que obtenha
informaçom e análises de primeira mão; por outro lado, tem que estar a
estratégia de denúncia e de protesta, fazendo agitaçom, assembleias e todo tipo
de atividades coas que construir um movimento estudantil forte mas que já tem
um percorrido feito, já que, em dous anos académicos, saiu à rua em três ocasions
e de jeito maciço, como fôrom as greves do 24 de outubro de 2013, do 20 de
fevereiro de 2014 e do 26-F.
P. Qual é a vossa opiniom ao respeito da unidade de açom entre Agir, os
Comités e a Liga Estudantil Galega (LEG)?
R. A unidade de açom entre as organizaçons da esquerda nacionalista e
independentista começou no início do passado ano académico, e sentou as bases
para um trabaho unitário partindo duns mínimos e duns pontos comuns entre as três
organizaçons. O objetivo básico desta unidade, que segue vigente a dia de hoje,
é reforçar a auto-organizaçom nacional do estudantado e situa-lo no centro da luta,
que sejamos quem de ter os nossos próprios ritmos e de ter a iniciativa mobilizadora
sem uns ritmos impostos. E isto tem os seus frutos, como se puido comprovar na
greve do 20-F ou nesta última, onde, junto com outros agentes estudantis, se
conseguirom umhas exitosas convocatórias de greve desde a base e em chave
nacional.
P. E sobre a coordenaçom com organizaçons doutras naçons do Estado
espanhol?
R. Na atualidade, Agir participa dumha iniciativa internacionalista que
se chama «#ParaOsPovos» (#ParaLosPueblos), que consiste numha pequena
coordenaçom entre as organizaçons estudantis independentistas das naçons
oprimidas polo Estado espanhol. Dentro disto, fam-se alguns posicionamentos
públicos e minicampanhas nas redes sociais en assuntos mui concretos. No fundo,
o que se intenta é dar a conhecer os movimentos estudantis de cada naçom e
defender os princípios de auto-organizaçom nacional e estudantil.
P. Como valorades as práticas do Sindicato de Estudantes (SE)?
R. Pois a verdade é que vimos denunciado as práticas do SE na Galiza
desde hai muitos anos. Como dixemos em muitas ocasions, é um agente
desestabilizador que o único que fai é romper o movimento estudantil nacional,
convocando jornadas de greve em solitário e de jeito unilateral sem umha base
de trabalho prévia que, posteriormente, se convertem en meras jornadas de «descanso»
para muitas das estudantes. Intentam impor uns ritmos marcados desde Madrid sem
contar coa imensa maioria do movimento estudantil galego.
P. Que opiniom vos merece a repressom que sofre o estudantado galego?
R. A repressom é um dos mecanismos que o Estado espanhol utiliza para
intentar calar os movimentos sociais e de protesta, e o estudantado nom é alheio
a isto. Nestes últimos anos, o estudantado galego foi um dos agentes sociais mais
ativos e, como tal, sofre a repressom nas suas carnes. Som muitos os casos, mas
todos tenhem os mesmos objetivos: amedrentar para que menos pessoas se sumem às
lutas e desgastar a base de multas económicas. Como exemplo, dizer que a nossa
organizaçom, desde a greve do 20-F, acumula um total de nove imputaçons pola via
penal por participar em distintos atos de protesta, assim como dúzias de multas
administrativas, com todo o que isto supom, em desgaste pessoal e económico,
para umha organizaçom estudantil.
P. Algo que engadir?
R. Mui obrigadas por contar connosco para esta entrevista e deixar-nos
expressar a nossa opiniom arredor de todos estes assuntos, assim como animar a
todo o estudantado galego a participar ativamente na luta por um ensino galego
que estea verdadeiramente ao serviço do povo.