A primeira crónica que publicamos: greve estudantil do 6 de fevereiro de 2013 (número 1, maio de 2013).
Co Plano Bolonha, começou a atual fase de privatizaçom vertiginosa da universidade, que terá o seu apogeu na Estratégia Universidade 2015 (EU2015). Muitas das medidas desta última começam a asomar dum jeito cada vez mais escandaloso, como a suba de taxas deste ano ou os câmbios que virám de aprovar-se a «lei Wert».
Bem puidemos comprovar neste curso que seguimos pagando matrículas abusivas por um ensino que se di «público». Mas o próximo ano será ainda pior, pois entrou em vigor um enorme incremento nas taxas a partir da primeira matrícula, que se pretende justificar com cálculos irreais do preço que cada aluna lhe custa ao Estado. O resultado é que qualquera que suspenda acaba pagando umha educaçom pública a preço de privada (já que, na quarta convocatória, un curso completo sairia por uns 4 000 euros). Mália as múltiples mobilizaçons e greves estudantis, o Estado espanhol segue teimando no seu Espaço Europeu de Educaçom Superior (EEES), é dizer, a educaçom para as ricas no contexto dumha Europa cada vez mais fascistizada.
Todas estas novas medidas seguem umha linha prefixada hai tempo e respondem aos interesses actuais do capital. Ao contrário do que nos querem fazer crer, nom adotam estas medidas porque «nom hai mais remédio». O Estado moderno e de «bem-estar» que contribuiu a despolitizar às massas já esgotou o seu tempo de vida, e é a hora de apartar do ensino superior as filhas das trabalhadoras, fazendo que o custo seja cada vez mais abusivo.
Ademais, a assistência obrigatória a aulas, também na universidade desde o Plano Bolonha, fomenta a desmobilizaçom do estudantado, justo nesta época, que é quando mais se precisa. Numha situaçom como esta, as estudantes debemos dar umha contundente resposta, sair à rua e defender o que é nosso.
A pasada quarta-feira 6 de fevereiro, foi a última greve estudantil.
Esse dia, o estudantando deu a cara, e fixo-o de jeito massivo e contundente. Um paro que, nas áreas urbanas, chegou ao 90% e que foi quem de encher as ruas do país, a golpe de chuva e com cifras superiores às 10.000 pessoas (5.000 em Compostela, mais de 3.500 em Vigo, umhas 1.500 em Ourense, perto das 1.000 na Corunha ou Lugo e mais de 300 em Ponte Vedra), para exigir a retirada da maior, mais grave e mais lesiva reforma educativa nas últimas décadas, impulsada por um Governo espanhol ao ditado dos mercados.
Na nossa cidade, a manhã do 6-F, várias fechaduras de diferentes centros de ensino aparecerom saboteadas, o que impediu o passo de numerosos fura-greves.
Às doce, comezou a manifestaçom, com saída na praça da Peregrina, sob o lema «Paramos as aulas para parar a LOMQE [Lei Orgânica para a Melhora da Qualidade Educativa]». A que foi a maior mobilizaçom do estudantado de Ponte Vedra ata a data foi convocada de maneira conjunta por organizaçons estudantis e juvenis.
Ao remate da manifestaçom, na praça de Espanha, as diferentes organizaçons leron cadanseu manifesto.
Contra a privatizaçom do ensino, a luita estudantil é o único caminho!
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